O assistente social, pelo reconhecimento de seu
trabalho integrativo, é requisitado para atuar na área de RH para satisfazer
‘necessidades humanas', contribuindo para a formação da sociabilidade do
trabalhador de modo a colaborar na formação de um comportamento produtivo
compatível com as atuais exigências das empresas. Essas exigências sugerem que
o Serviço Social é considerado, pelas empresas, como instrumento promotor da
adesão do trabalhador às novas necessidades destas. Para tanto, refuncionalizam
suas demandas profissionais sob o ‘manto' da inovação e da modernidade. (CESAR, 1998, p.126).
... no momento atual, marcado pela
multifuncionalidade e horizontalização, as atividades do Serviço Social
aproximam- se, cada vez mais, da função gerencial. Por isso mesmo, o Serviço
Social, como os demais segmentos da área de recursos humanos, vêm assumindo o
papel de assessoramento dos gerentes, para que estes possam melhor ‘administrar
pessoas', propiciando confiabilidade, amizade, aprendizado, crescimento e
satisfação de seus ‘colaborados', que são requisitos. (CESAR, 1998, p.128).
Este dado aponta para uma significativa mudança na
prática do Serviço Social nas empresas. Em primeiro ligar, porque o
profissional afasta- se de um contato mais direto com o trabalhador; em segundo
lugar, porque também o seu saber passa a ser apropriado e manipulado pelas
gerências. As novas formas de gerenciamento, neste sentido, inflexionam não
apenas o conteúdo, mas o papel do que o Serviço Social historicamente
desempenhou, no interior das empresas. (CESAR, 1998, p.129).
REFERENCIA
CESAR,
Mônica de Jesus. Serviço social e reestruturação industrial: requisições,
competências e condições de trabalho profissional. In: MOTA, Ana Elizabete
(org.). A nova fábrica de consensos . São Paulo: Cortez, 1998. p.
115-148.