Mendigos, pedintes,
vagabundos... Estes são alguns termos preconceituosos pelos quais são
chamados os homens, mulheres e, às vezes, famílias inteiras que vivem
nas ruas. A maioria deles não está nesta situação por opção. Muitos
foram levados a isto por desentendimentos familiares, busca de
oportunidades malsucedidas, uso de álcool ou drogas e até por violência
doméstica. “Fui parar na rua porque não aguentava os maus-tratos do
ex-marido. Estava cansada de apanhar e essa foi minha opção porque não
tinha nenhum parente para me ajudar”, conta a cearense Maria da Penha
Silveira, que morou na rua por 10 anos.
Abrir possibilidades para esta parcela da população, que enfrenta uma luta diária contra a fome, o frio, o calor e as chuvas, é o trabalho realizado pelas equipes técnicas que atuam nos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua, conhecidos como Centro Pop. A unidade do Sistem a Único de Assistência Social (Suas) é um espaço de sociabilização diferenciado, onde são acolhidas as mais variadas histórias de vida e que permite a eles traçarem caminhos para a superação.
“Eles encontram nesse ambiente o fortalecimento para que consigam sair das ruas – seja uma saída para uma república, para um aluguel, trabalho... E o local ainda oferece oportunidades de participação”, destaca Jadir de Assis, coordenador-geral de Serviços Especializados à Família e Indivíduos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Ao chegar no Centro Pop, ou pelo serviço de abordagem social que diariamente percorre as ruas das cidades em busca do resgate dessas pessoas ou espontaneamente, aqueles que estão em situação de rua encontram um conjunto de ações que podem contribuir para transformarem suas vidas. O primeiro contato é com as equipes técnicas, formadas por assistentes sociais, psicólogos e advogados.
Nessa conversa, os profissionais procur am conhecer as histórias, as fragilidades e os sonhos de cada um. E possibilita à equipe planejar o acompanhamento dessas pessoas, produzindo passos que vão ajudá-las a organizar suas vidas, sempre articulado com outras políticas como saúde, educação, trabalho.
No Centro Pop, que está vivendo na rua pode fazer a higiene pessoal diariamente, lavar suas roupas, guardar seus pertences em armários individualizados, fazer refeições e o principal, participar de oficinas e grupos temáticos. “Eles vão deixando de viver a insegurança da rua. Isso gera uma relação de vínculo com o espaço e faz com que repensem seu estar na rua”, afirma Assis.
Em Fortaleza, eles ainda se sentem participativos e respeitados nos seus limites e desejos. A programação das atividades é construída conjuntamente. E a arte é um dos canais de expressão. Pinturas em tela preenchem as paredes do Centro Pop, todas produzidas pelos usuários durante as oficinas. Atividades de artesanato, música, rodas de capoeira, grupos temáticos para mulheres também ocupam o tempo daqueles que frequentam o lugar diariamente.
“Levamos as atividades para alguns centros comerciais, praças importantes, mostrando o que a população de rua é capaz de produzir. Com isso tentamos sensibilizar a sociedade, comprovando que a população de rua é produtiva, busca seu espaço e seu direito”, conta o coordenador do Centro Pop, Elias Figueiredo.
Segundo Elias, a equipe tem conseguido muitos resultados positivos, principalmente por acreditar que eles são capazes de superar essa situação. “Falamos todos os dias para as pessoas que utilizam o serviço: você pode. E corremos em busca de apoiar os objetivos deles.”
Abrir possibilidades para esta parcela da população, que enfrenta uma luta diária contra a fome, o frio, o calor e as chuvas, é o trabalho realizado pelas equipes técnicas que atuam nos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua, conhecidos como Centro Pop. A unidade do Sistem a Único de Assistência Social (Suas) é um espaço de sociabilização diferenciado, onde são acolhidas as mais variadas histórias de vida e que permite a eles traçarem caminhos para a superação.
“Eles encontram nesse ambiente o fortalecimento para que consigam sair das ruas – seja uma saída para uma república, para um aluguel, trabalho... E o local ainda oferece oportunidades de participação”, destaca Jadir de Assis, coordenador-geral de Serviços Especializados à Família e Indivíduos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Ao chegar no Centro Pop, ou pelo serviço de abordagem social que diariamente percorre as ruas das cidades em busca do resgate dessas pessoas ou espontaneamente, aqueles que estão em situação de rua encontram um conjunto de ações que podem contribuir para transformarem suas vidas. O primeiro contato é com as equipes técnicas, formadas por assistentes sociais, psicólogos e advogados.
Nessa conversa, os profissionais procur am conhecer as histórias, as fragilidades e os sonhos de cada um. E possibilita à equipe planejar o acompanhamento dessas pessoas, produzindo passos que vão ajudá-las a organizar suas vidas, sempre articulado com outras políticas como saúde, educação, trabalho.
No Centro Pop, que está vivendo na rua pode fazer a higiene pessoal diariamente, lavar suas roupas, guardar seus pertences em armários individualizados, fazer refeições e o principal, participar de oficinas e grupos temáticos. “Eles vão deixando de viver a insegurança da rua. Isso gera uma relação de vínculo com o espaço e faz com que repensem seu estar na rua”, afirma Assis.
Em Fortaleza, eles ainda se sentem participativos e respeitados nos seus limites e desejos. A programação das atividades é construída conjuntamente. E a arte é um dos canais de expressão. Pinturas em tela preenchem as paredes do Centro Pop, todas produzidas pelos usuários durante as oficinas. Atividades de artesanato, música, rodas de capoeira, grupos temáticos para mulheres também ocupam o tempo daqueles que frequentam o lugar diariamente.
“Levamos as atividades para alguns centros comerciais, praças importantes, mostrando o que a população de rua é capaz de produzir. Com isso tentamos sensibilizar a sociedade, comprovando que a população de rua é produtiva, busca seu espaço e seu direito”, conta o coordenador do Centro Pop, Elias Figueiredo.
Segundo Elias, a equipe tem conseguido muitos resultados positivos, principalmente por acreditar que eles são capazes de superar essa situação. “Falamos todos os dias para as pessoas que utilizam o serviço: você pode. E corremos em busca de apoiar os objetivos deles.”