segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Obama visita famílias das vítimas do massacre em Newtown


Atirador entrou em escola infantil e matou 26 pessoas, entre elas, 20 crianças, na última sexta. Ataque reabriu debate sobre posse de armas

Obama chegou ao Estado de Connecticut neste domingo (Foto: Manuel Balce Ceneta/AP)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou neste domingo (16) a Newtown (Connecticut) para acompanhar as famílias das vítimas do massacre da última sexta-feira (14) na escola primária Sandy Hook, que deixou 27 mortos, incluindo 20 crianças e o autor do ataque.
O Air Force One aterrissou no Aeroporto Internacional Bradley, em Hartford, a capital do Estado, de onde Obama, vestido com um traje escuro, se dirigiu por terra em direção à cidade de Newtown.
O presidente americano participa de vigília pelas vítimas do massacre e deve encorajar as famílias tanto dos mortos como dos demais alunos e professores da escola.
No sábado (15), Obama reiterou a necessidade de tomar uma "ação significativa" para evitar mais tragédias com a da escola Sandy Hook.
Enquanto isso, algumas vozes voltaram a levantar-se sobre a regulação para o acesso às armas, como fez o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que respondeu o presidente americano assegurando que as pessoas precisavam de mais que suas condolências, em referência às declarações que fez após o tiroteio, visivelmente emocionado. "Escutamos o presidente Barack Obama expressar suas condolências às famílias em Newtown, Connecticut. Mas, o que o país necessita dele é de um projeto de lei que regule este problema", disse Bloomberg, que copreside a associação "Prefeitos contra as Armas Ilegais" junto com seu colega de Boston, Thomas M. Menino.
As palavras de Obama não garantem que se abra um caminho rumo à regulação, mas o certo é que após massacres como este e o de Virgínia Tech em 2007, que deixou 33 vítimas, o fácil acesso às armas de fogo continua sendo uma das maiores causas de morte nos EUA. O editor da prestigiada revista New Yorker, David Remnick, pediu na edição desta semana ao líder americano que não atue "só como um pai" perante a tragédia ocorrida ontem em Conneticut, mas que o faça também como "presidente" e regule a posse de armas.
Remnick aponta que em Estados como Ohio, Pensilvânia, Flórida e Colorado o debate sobre as armas é um assunto delicado, mas, após sua reeleição, assegurou que "agora é o momento" de Obama arriscar parte de sua aceitação nesses lugares "para salvar vidas".
A congressista democrata por Nova York Carolyn McCarthy, conhecida por sua forte posição contra o livre acesso às armas, anunciou que voltará a exercer pressão no Congresso americano para que haja uma nova legislação.

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