O brasileiro não pode deixar de sonhar,mas sonhar acordado.
Libertando-se da condição medíocre em que está. Sempre pode-se melhorar.
A música de Gabriel o Pensador nos remete a pensar em como mudar. Olhar
por céu com muita fé e pouca luta? NÃO!! Também não adianta olhar pro chão e virar a cara pra não ver. Então fecha a televisão e leia bons livros.
Música:
Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.
Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente, seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante, você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!
Refrão
A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado... e absolveu os PMs de vigário!
Refrão
A
polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais
fraco: ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A
programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra
te entreter, que é pra você não ver que o programado é você.
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.
Escola, esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda!
Não! Não!!
Refrão
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Reflexão sobre a Violência e a Convivência em Sociedade
Reflexão sobre a violência e a convivência em sociedade atual brasileira criada pelo músico Gabriel o Pensador. Retrata de forma interativa a violência urbana, a intolerância. Parece que se discute Violência, parece que se critica a violência, mas a meu entender estamos amedrontados ou alienados demais para isso. Como mudar algo que esta fora de meu alcance? Está mesmo? Vivemos cerceados, adoecidos cronicamente por este grande mal (violência). Mas ela (violência) tem cura! Basta eu não perder a esperança, me inconformar e potencializar consciências. Sim educação consciente. Tudo começa dentro dos lares, nas famílias. Quando eu disponho de liberdade, de acesso, de inclusão, trabalho e renda... Para acompanhar letra da música Palavras Repetidas:
A Terra tá soterrada de violência
A gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
Tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
Tá vendo, na nossa frente, aberração
Tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
Tá vendo, no fim do túnel, escuridão
Tá vendo no fim do túnel escuridão
Tá vendo a nossa morte anunciada
Tá vendo a nossa vida valendo nada
Tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
Tá lindo o sol caindo, que nem granada
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo o suicida na direção
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"
A bomba tá explodindo na nossa mão
O medo tá estampado na nossa cara
O erro tá confirmado, tá tudo errado
O jogo dos sete erros, que nunca pára
7, 8, 9, 10... cem
Erros meus, erros seus e de Deus também
Estupidez, um erro simplório
A bola da vez, enterro, velório
Perda total, por todos os lados
Do banco do ônibus ao carro importado
Teu filho morreu? meu filho também
Morreu assaltando, morreu assaltado
Tristeza, saudade, por todos os lados
Tortura covarde, humilha e destrói
Eu vejo um Bin Laden em cada favela
Herói da miséria, vilão exemplar
Tortura covarde, por todos os lados
Tristeza, saudade, humilha e destrói
As balas invadem a minha janela
Eu tava dormindo, tentando sonhar
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"
Sou um grão de areia no olho do furacão
Em meio a milhões de grãos
Cada um na sua busca, cada bússola num coração
Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
Nem sempre se pode ter fé
Quando o chão desaparece embaixo do seu pé
Acreditando na chance de ser feliz
Eterna cicatriz
Eterno aprendiz das escolhas que fiz
Sem amor, eu nada seria
Ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
De todas as falanges, e facções
Ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras que eu mais quero repetir na Vida?
Felicidade, Paz, fé...
Felicidade, Paz, Sorte
Nem sempre se pode ter Fé, mas nem sempre
A fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte.
Fonte: Site oficial
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Analfabetismo no Brasil? Isso ainda existe?
Texto maravilhoso que revela a face da Educação brasileira atual e nos faz refletir sobre como mudar esta realidade de uma forma mas humana e igual. Será possível? Sim! Tudo é possível com educação que potencialize as pessoas.
Analfabetismo no
Brasil evidencia desigualdades sociais históricas
As taxas de analfabetismo no Brasil, normalmente
tratadas dentro do universo de números e metas, deveriam, segundo especialistas
em educação, ser também analisadas dentro da área de política social e
econômica, já que a população considerada analfabeta é a mesma que sofre de
outros problemas que afligem o país. “Se você fizer o mapa do analfabetismo no
Brasil, ele vai coincidir com o mapa da fome, com o do desemprego, e da alienação.
Não raro esse analfabeto é o que fica doente, o que passa fome, o que vive de
subemprego”, afirma a pedagoga Silvia Colello, pesquisadora da Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) sobre analfabetismo configuram um mapa de desigualdades
que Alceu Ferraro, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), atribui à concentração de terra, de renda e de
oportunidades. Segundo Ferraro, que já foi membro do Comitê de Pesquisa do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP),
“o país continua pagando o preço de dois fatores conjugados. Primeiro, do
descaso secular do Estado, e, segundo, de um conjunto de fatores responsáveis
pela enorme desigualdade social que tem, desde sempre, marcado a sociedade
brasileira”.
Somos 14 milhões de analfabetos, segundo o IBGE.
Desses, a maior parte se encontra na região Nordeste, em municípios com até 50
mil habitantes, na população com mais de 15 anos, entre negros e pardos e na
zona rural, ou seja, encontra-se na população historicamente marginalizada. O
censo relativo ao ano de 2010 revela uma redução de 29% em relação aos números
apresentados em 2000, mas ainda insatisfatória, especialmente, quando
considerados os critérios utilizados pelo IBGE. Hoje, é considerada
alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever um bilhete simples. “Esse é um
conceito muito discutível. Se utilizarmos um critério um pouco mais exigente, esses
índices mudam e essa é uma das razões pelas quais o IBGE não muda esses
conceitos, porque o que está jogo é a própria imagem do país”, diz Sérgio da
Silva Leite, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e líder do Grupo de Pesquisa ALLE – Alfabetização, Leitura e
Escrita.
Fim do analfabetismo
Para
Silvia Colello, da USP, erradicar o analfabetismo é uma meta válida, mas que
traz consigo outro fantasma maior ainda, o da exclusão social, ligado a
aspectos como a democratização dos bens culturais, o acesso à cultura, justiça,
moradia e trabalho. Reduzir os índices de analfabetismo até sua erradicação
total é um compromisso assumido pelo Brasil em diversas ocasiões e documentos.
O “fim” do analfabetismo em números, no entanto, pode não significar, em termos
reais, uma mudança efetiva. “O Brasil pode até cumprir essas metas de
alfabetização, mas esses números nunca vão representar a real situação da
exclusão educacional e do analfabetismo no país. Sempre por trás dos números
estão ocultas as atrocidades praticadas com a educação em relação aos seus
aspectos qualitativos”, pontua Marcos Peres, da UESC. “O qualitativo é
sacrificado em prol do quantitativo para se cumprir metas, para mostrar números
aos organismos internacionais que fornecem recursos para a melhoria da educação
em países subdesenvolvidos como o Brasil”, completa o sociólogo.
Esse trabalho é de Aline
Naoe, 2012 e encontra-se na integra em :
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=74&id=923
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